Os caboclinhos, expressão da cultura popular de tradição centenária sobretudo em Pernambuco, foram reconhecidos como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), desde o ano de 2016.
Os grupos se apresentam nas ruas – principalmente no Carnaval – vestidos com penas e pedrarias, em uma releitura carnavalesca dos trajes indígenas tradicionais, e dançam com agilidade os diferentes toques que representam temas de rituais da população indígena. A brincadeira também tem referência na colonização do território brasileiro.
No município de Goiana, na Mata Norte de Pernambuco, um grupo se destaca pela desenvoltura em suas evoluções. O Caboclinho União Sete Flexas, completou 30 anos de fundação e propagação da cultura popular. Fundado em 25 de Março de 1991 por Nelson Cândido Ferreira (In memória – Mestre Nelson), a agremiação carnavalesca é Patrimônio Vivo de Pernambuco, é uma entidade da umbanda, que se destaca pela forte marcação das pisadas, guiadas pelo compasso da preaça (arco-e-flecha de madeira).
Com a morte de Mestre Nelson, em 04 de novembro de 2019, o grupo seguiu sendo acompanhado pelo seus familiares. Jeane Ferreira, filha de mestre Nelson, que é médium e bricante do caboclinho, segue na liderança da agremiação. O grupo tem um CD lançado, desenvolve oficinas de bordados e se apresenta no Carnaval de Pernambuco. A agremiação recebeu várias premiações em várias categorias do Concurso de Caboclinhos organizado pela Prefeitura do Recife, inclusive campeão do grupo especial do Carnaval 2016.
A sede do Caboclinho União Sete Flexas fica situada a Rua Teixeirinha, Bairro Nova Goiana, Nº 614, em Goiana.
Acompanhe uma apresentação do Caboclinho União Sete Flexas: